quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Marca.

Levantou, olhou o corpo e o desejou marcado.
Toda figura que pudesse ser um sinal,
Toda figura que pudesse fazê-la ser desigual,
Diferente de todo corpo branco imaculado.

Quis fazer uma clave nas costas do punho
Quis prender a alma ao corpo e então fez um laço
Como os que usava quando era menina nas costas do braço.
Quis que o corpo refletisse o cunho.

Que refletisse a alma, aquilo que ama
Que refletisse a angústia de um amor distante
Que refletisse a nostalgia de uma fotografia na estante.
De repente, não é um corpo comum sobre a cama.

O laço prendendo a alma ao corpo e os pés ao chão
Um estigma. O toque de tinta que faltava à tela
O corpo passou a ser obra dela. Uma obra bela.
E na penumbra da vela, o amor atrás do punho, é uma canção.






Um poema para as minhas tatuagens. Eu gosto tanto dos poemas que o Cássio escreve! Não é a toa que tenho um coleção de sonetos dele bem guardados em uma caixinha artesanal *-*

2 comentários:

  1. Ah gostei da poesia, mesmo não ter lido muuito bem :x confesso HAUAHAUAHAU
    Aquela minha bolsa rosa é linda né *-* na loja do meu pai tem vaarios modelos daquelas, e com ótimos preços ;D haha beijos

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