quinta-feira, 25 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Se...

Se eu tivesse certeza do que realmente vale a pena...
Se eu tivesse certeza que você vai estar sempre do meu lado...
Se eu tivesse certeza sobre quem sou, sobre quem quero ser, sobre quem posso ser...

Se eu fosse menos mimada...
Se eu fosse independente...

Se eu não chorasse achando ser a solução...

Se eu fosse a solução!
Sou Raimundo...

Vasto mundo, se...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Começo

Hoje acordei e você não estava mais ali do lado. Naquele momento entre sono e despertar, sonho e lucidez você quase conseguiu transpor aquele fio de prata que me leva aos seus beijos, te vi a meio suspiro dos meus dedos.
Não foi por querer que você se levantou e foi, mas sentei no seu lugar e senti tanta ausência... o vazio mal me deixou existir.
É tão fácil ser do seu lado, deitar no seu colo, olhar o teto e esquecer o mundo.
Eu devo ter o sorriso mais idiota de toda a Terra. Você me diz bobagens sem sentido, eu rio de todas elas e digo piores. Mas o pior é sentir tanto a sua falta.
Queria tanto eternizar nossos momentos nesse pedaço bobo cheio de palavras, são tantas coisas e foco em nenhuma delas. Meu reflexo no seu olho, suas mãos nas minhas costas, os meus dedos decorando seus traços, a minha testa na sua e o calafrio na espinha ao conhecer seus lábios. Me acostumei tão rápido a ter você do meu lado e mais rápido ainda tive que te deixar a meio caminho do meu.
Não me atrevo a ver defeitos em você, nem a pensar em depois de amanhã se as coisas não forem mais assim. Quero mais é que o mundo acabe aqui!


E fim...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Monotonia

É bom te falar sobre as coisas à toa da vida. Te imagino rindo comigo e todas elas são bonitas. Te falar sobre a monotonia dos dias faz com que todos eles sejam diferentes, sentindo inacabável e igualmente a falta.
Penso ouvir sua presença...
Saudade dos seu toques sem intimidade, reclusos, vexados; da nossa alegria sem palavras ao ouvir a respiração um do outro ao telefone; da sua timidez; dos seus olhos negros e brilhantes; do seu jeito bobo e serio de brincar comigo naquele fim de semana. Saudade de você do começo ao fim da semana.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Números - O Tempo E O Espaço

Eu quero escrever mas nada de bom me sai. É péssimo quando as coisas começam a ser assim. São amontoados de textos e todos eles, de alguma forma, falam de você. Eu conto quantas palavras do meu dia sentem a sua falta, as que eu digo nem tanto, mas as que eu penso só pedem por você. Os números só servem para contar as palavras.
Me pego lembrando, imaginando, devaneando e me pergunto: Desde quando? Olho para o chão e vejo o mar, deixo a paisagem tediosa daqui e vou pra outro lugar onde eu consigo te encontrar...
Dois dias, um mês, três meses, quatro meses, cinco meses. Meio ano. O tempo todo sente  sua falta. Os números o contaram em horas, dias, semanas, meses e lá se vai o ano. Também contam em quilômetros, e eu tinha a esperança de que eles diminuíssem com o passar dos dias. 
Mas os números não me contam o som a sua voz, o seu toque, o seu cheiro...
Isso nem as palavras fazem, elas são apenas menos deficientes.

Estava fuçando nos rascunhos do blog e achei dois textos, juntei eles e acrescentei uma dúzia de palavras pra fazer um pouco mais de sentido, - se é que algo tem sentido quando se trata de você - e o resultado foi isso aí encima.
Hoje vi um filme, ele me fez pensar em você - não que eu precise de algo pra fazê-lo. The Time Traveler's Wife (se já queria o livro agora quero mais ainda), Henry viaja involuntariamente no tempo, encontra e desencontra sua esposa em várias épocas de sua vida. Algumas vezes ela fica chateada com ele, briga, discute. Mas apesar da distância e do tempo eles são o amor um da vida do outro, não que tudo acabe bem, mas... a certeza de ter sua alma gêmea faz as coisas serem melhores. Já me peguei pensando sobre se você é o amor da minha vida. Não sei bem, mas pareço estar disposta a pagar pra ver...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Até Então Era Passado

Fotografia: sillas h.
A esperança é meio suicida, se martiriza. A minha até essa tarde sangrava e desfalecia com olhos calmos e despreocupados, não queria que você fosse sem deixar marcas. Então os olhos focados naquele vazio, naquele nada criaram vida, enxergaram o rosto das belas lembranças, uma foto, o amanhecer apagado. O coração pulsante fazia a ferida rasgar ainda mais - até que enfim um sintoma normal, tive medo da dor.
Pensei em te procurar, pensei duas vezes. Procurei!
Te vi e pensei em falar-te, pensei duas vezes. Falei!
Pensei que você tivesse me esquecido, pensei errado.
Menti para mim ao te chamar de passado...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ondas



Sal, esse é o gosto
que senti quando vi teu rosto.
Não estou a devanear
é que quem nos olhava era o mar.

Aquele peixe que vi passar
se eu pudesse pediria a ele para te buscar.
Aquela estrela que vi cair, estrela-do-mar
queria ser ela e cair no seu lugar.

Aquele dia que vi amanhecer
ao som do barco navegando e seu apito.
Você achou que eu ia esquecer,
não esqueci. Se já disse repito...

Sua lembrança é maresia
na minha pele impregnada.
Ah, como eu queria
que a lembrança não fosse passada.

Saudade louca
me aperta, nunca mais o vi
o chamo com voz alta e rouca.

Mar, você que o viu
que está em mais lugares do que eu
traz ele de volta? Ele é meu!

[19/08/2010]