quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Never Grow Up


Faz muito, muito tempo mesmo que nem olhava pra esse blog, mas hoje, do nada, me lembrei que tem um lugar onde posso colocar todas as coisas que sinto e, apesar de quase ninguém (ou ninguém) ler o que escrevo aqui, depois de um longo tempo os meus sentimentos continuam aqui expressos em palavras..


Esse é meu primeiro post de 2010, e o comparando aos outros, percebi uma sutil diferença entre as minhas preocupações de antes e minhas preocupações e medos de agora. Antes era só uma questão de auto conhecimento e agora é medo de não me auto conhecer bem o bastante pra tomar decisões e atitudes importantes. Talvez eu nunca me conheça bem o bastante, afinal a gente amadurece aos poucos e muda aos poucos, quando para pra comparar o que você era e o que você é, nenhuma das duas coisas é suficientemente clara, só a noção de que o tempo passa e as coisas mudam.
Apesar do amadurecimento ser praticamente imposto pela vida eu nunca quero me achar adulta o suficiente pra chamar o mundo de criança, pelo contrario, quero que o mundo me veja como criança: Uma criança ama sinceramente, não tem preocupações (a não ser se amanhã chove ou não pra poder brincar lá fora), tem uma liberdade incrível, uma imaginação inexplicável, quase nenhum medo (os medos que tem, nem sequer existem nesse mundo), a inocência e o cuidado de todos que a cercam.
Há alguns dias atrás assisti "Em Busca Da Terra Do Nunca", um filme estrelado pelo Johnny Depp (por quem sou apaixonada *-*), conta a história de James Barrie escritor de Peter Pan, o menino que nunca cresce. Sempre que me vejo diante de algo ligado a Peter Pan fico complexada, já me auto diagnostiquei com complexo de Peter Pan, mas foi o que me fez refletir sobre toda essa coisa de amadurecimento. No início dá aquela dor no peito, angustia, medo; mas depois é bom, vejo que o tempo só passa para aqueles que tem a alma velha, só envelhecem aqueles que esquecem que ainda são crianças...

"De ontem em diante serei o que sou no instante agora
(...)
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira
E se antes um pedaço de maçã
Hoje quero a fruta inteira"

[De ontem em diante - O Teatro Mágico]