quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vinho e Chocolate

De um lado o cão,
A garrafa vazia pela metade
Deu outro pensamentos que nem vem, nem vão:
Aonde foi parar a sanidade?

Como é doce sonhar!
A ânsia fere, a mão afaga,
O chocolate faz lembrar,
O vinho apaga...

Inédito

Tentei parar durante o dia todo pra escrever aqui, mas só consegui agora. Bem, hoje é um daqueles dias que parecem metade, acordei tarde e quando vi já era fim de tarde.
É que de certa forma meu dia 30, começou ás 10:30 do dia de ontem quando cheguei no cinema da minha cidade para a pré-estréia do filme "Eclipse", inspirado no livro de Stephenie Meyer. Aquele lugar estava uma doideira, cheio de pré-adolescentes cortando fila, correndo, gritando e tudo, a imprensa local presente (meu amigo Fábio, que trabalha no cinema, basicamente me obrigou a dar uma entrevista), mas foi incrível! A primeira pré-estreia que eu e minha cidade vimos!
E sobre o filme... Sim, correspondeu minhas expectativas! O novo diretor, David Slade, realmente deu um toque mais dark ao filme, os atores me pareceram mais envolvidos com os personagens, os lobos estavam lindos (queria um cachorro daquele tamanho ;/) e vi cenas muito boas. Me diverti muito, me arrepiei por várias vezes e fiquei tensa em tantas outras - minha irmã que o diga, ela mal se mexia.
Não nego minha preferência pelos livros, mas a cada filme o anterior é superado. Falando em livros, depois do filme o Fábio me mostrou o box importado dos livros da saga, eu simplesmente parecia uma menininha vendo pela primeira vez uma boneca ou coisa assim, curti cada detalhe deles, desde a capa dura, até o cheiro e o prólogo em inglês (literalmente, as palavras de Meyer *-*), se pudesse lia-os inteiros ali mesmo.
Cheguei em casa já devia ser umas 2:30 da madrugada e desde então não vejo a hora de começar a ler "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner" - amo meus livros.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Melhor do Mundo

A seleção fez um belo jogo hoje, como eu já disse 'não entendo nada de futebol', mas em cada gol, ou em cada quase gol, eu sinto não poder gritar mais.
Hoje teve Kaká e Robinho, mas não teve Elano e minha irmã e sua vuvuzela pra festejar comigo, sempre prefiro ver o jogo com ela, mas fica pra próxima, talvez... ;/
O QUE IMPORTA É VER O BRASIL DANDO MAIS UM PASSO! *------*

Depois da dose de esporte, vou pra minha dose de cultura, ler um pouco.
Acabei de ler "O Mundo de Sofia" ontem, me desculpem mas vou ter que comentar sobre o último capítulo, é sobre Astronomia, e eu adoro Astronomia! É incrível tentar pensar no quão grande é o universo, dá até pra pirar nas medidas em anos-luz. Se eu gostasse um pouco mais de Física, Astronomia seria uma possível carreira promissora pra mim. Mas já deixei isso de lado: ser astronauta. Até lembrei de uma música do "2ois"

"Eu sou um astronauta
Viajando pelo espaço
Sinto falta da minha casa
Quero voltar, voltar no tempo"

Voltando... e já comecei a me preparar pra pré-estreia de 'Eclipse', vai ser minha primeira pré-estréia, estou lendo o livro pela 3ª vez.

Sem nenhum comentário grandioso pra hoje ;/

sábado, 26 de junho de 2010

Plâncton

"Escrever é a arte de cortar palavras"
[Carlos Drummond de Andrade]


Viver é a arte de cortar o quê?


Talvez eu deva cada vez mais tentar ser menos...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Rock Fantástico

Hoje eu tive um bom dia, só não foi melhor porque o Brasil não fez nenhum gol (esperei tanto por ele, o grito já na garganta e não veio), mas estou feliz por termos conseguido a classificação pra segunda fase, e em primeiro lugar! *-*
O resto do dia foi como sempre: trabalhei um pouco, li outro pouco, ajudei mamãe e vovó e curti músicas estranhas. Em especial, hoje ouvi o dia todo a banda Vaudeville. Descobri os gaúchinhos faz um tempo e adorei a mistura doida e fantástica de guitarras e violoncelos, ludismo e circo, então resolvi dedicar esse post à música deles, e aí vai uma letra  :


Não Sou Mais Ele


Não sou mais ele
O tempo ficou pra trás
Perdi o amor que nunca mais
Vai voltar pra mim


Não sou mais o mesmo enfim
Fiquei pra trás
Perdi o amor
Não quero mais voltar pra mim


Porque eu não sou mais ele
Nanana nana oh
Nana oh
[...]


E o Myspace deles:
http://www.myspace.com/vaudevilleoficial




quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sobre Filosofia e Pequenas Coincidências

Ainda é um pouco cedo pra eu dar minhas experiências diárias por encerradas, mas é que hoje foi muito proveitoso: tantos pensamentos, raciocínios, conclusões e inconclusões. Apesar de o dia parecer curto pelas coisas que pré programei, ele pareceu imenso pelo tanto de coisas que decorreram.
Meu dia começou ao som de Itália vs. Eslováquia. Eu não entendo nada de futebol, mas sempre achei os mundiais da Fifa fantásticos, tantas pessoas do mundo inteiro concentradas em um único 'lugar', tantas línguas e culturas diferentes se entendendo e convivendo. Minha avó já não acha a mesma coisa "O que vocês ganham vendo isso?", então me lembrei da minha grande e inseparável amiga Renata, vira-e-mexe ela diz "... e o que eu ganho com isso? Também não sei. FELICIDADE!". O resultado do jogo foi emocionante (quase chorei e agora só falta eu chorar em comercial de margarina porque em comercial de doação de orgãos já chorei), Eslováquia ganhou de três a dois, teve gente chorando, dançando, cantando, mandando beijos...

Tá! Mas não foi pra falar de futebol que eu comecei escrever. Acabei nem vendo o jogo da tarde porque estava junto de uma das minhas paixões: os livros! Me exclui no meu quarto, "O Mundo de Rebecca" pra tentar terminar de ler meu livro "O Mundo de Sofia", de Jostein Gaarder.
O primeiro capítulo que li foi sobre Darwin, nunca gostei muito das aulas de Biologia sobre A Teoria da Evolução, principalmente porque excluíam totalmente Deus do processo de Criação. É absurdo dizer que Deus não tem nada a ver com tudo o que existe, porém, também é absurdo negar que as coisas não mudam. Desde que raciocinei isso, concluí: Deus é pai da Criação e da Evolução. Que mal tem em pensar que Ele já fez as coisas com o propósito de mudar e evoluir? E quando me deparei com uma citação no livro vi que minha reflexão tem fundamento e fiquei super feliz: chegaram a afirmar que seria um feito ainda maior criar algo que já trouxesse dentro de si a possibilidade latente de evoluir, em vez de criar para todo o sempre alguma coisa pré-estabelecida em todos os seus detalhes.
Passando para o próximo capítulo, ainda no clima naturalista, li sobre Freud. Também achava ele meio entranho quando relacionava tantas coisas a sexualidade, mas hoje conheci um outro lado que gostei: o valorização do sonho como uma forma de comunicação do inconsciente, que foi o que inspirou o Surrealismo na literatura e nas artes. Então comecei a analisar os meus sonhos das últimas noites e o que mais me deixou intrigada foi o sonho de umas duas ou três noites atrás, onde eu corria por um navio, sempre em frente e por um bom tempo para encontrar alguém. Me lembro de muitas pessoas a minha volta, o mar muito azul e claro que mais parecia o céu cintilando infinitas estrelas numa noite de lua cheia, a luz do sol tênue que tornava o ambiente aconchegante e o clima agradável e eu ainda correndo. Quando eu achei quem eu procurava, descobri que era eu mesma, mas com um rosto pouco familiar...
O que será que esse sonho quer dizer? O que Freud diria? Que estou em crise de auto-identidade? Ok, deixa pra lá!

Dei uma pausa na minha leitura e fui ajudar minha avó, ela tem mania de reclamar e hoje era sobre a pouca velocidade com que o dia passava, então tive que começar com meu discurso de como a vida é fabulosa e de que a gente muitas vezes perde grandes oportunidades de desvendar alguns dos incríveis mistérios do mundo e que pra ela o tempo perece não passar pela pouca questão de preenchê-lo. Resolvi dar uma ajudinha e li pra ela alguns trechos de "O Pequeno Príncipe". Apesar de ela ter dito que o desenho número 1 do autor era um chapéu, as perguntas que ela fazia continham a curiosidade de uma criança: "Mas e os pais dele?", "Onde ele consegue roupas?" e etc.
Momentos desse tipo são raros, como quando ela falou sobre a 2ª Guerra Mundial (fiquei maravilhada, minha avó se lembra da 2ª Guerra!), hoje ela me pareceu uma criança debaixo de uma pele enrugada.

Mas voltando ao Mundo de Sofia, é ótimo! Aprendi a gostar de Filosofia... e só mais um fato notável com que me deparei nesse meu dia: comecei a ler o livro no início de maio e os primeiros capítulos do livro relatam sobre os primeiros dias de maio, agora estou saindo pra ir na festinha de aniversário da minha tia Joana, ela tem esse nome por ter nascido na dia de São João, enquanto no livro Sofia acerta os últimos preparamentos de sua festa filosófica ao ar livre, também marcada para a noite de São João. Coincidência incrível!

Canções e Pressentimentos

Ontem foi o último dia que você mentiu pra mim. Hoje o mundo é menos ruim, meu coração é mais leve. Eu queria saber o porquê da dor, a achava 'pior', e agora nem há mais dor. Eu esperei com todas as forças que você fosse se tornar uma pessoa melhor por mim, grande tola cega fui eu. Cheguei a me culpar por suas mentiras - e se eu estivesse sendo injusta? -, perfeita imbecil! Me senti um monstro por pensar coisas ruins de uma pessoa inocente que só me deu carinho - tinha me esquecido da angustia -, pobre inocente.. INGÊNUA! VOCÊ E SUA MANIA DE ACHAR QUE O MUNDO VAI SER MELHOR, SÓ PORQUE VOCÊ ESPERA QUE ELE SEJA MELHOR.
O mundo, realmente, mente. Mas foi o dia em que a cegueira se curou, foi o dia em que eu sentei nos degraus pra esperar você dizer que é bom pra mim, pra esperar que eu confiasse por inteiro em você. 
Um mundo se construiu pra mim e já tive medo de ele nunca existir de verdade. Já tive medo de te machucar, já tive medo de ME machucar. E medo de quê eu sinto hoje? DE NADA! Você tornou meu coração mais imóvel que uma estátua, eu não senti nada, não consegui nem sentir raiva de você. Não consegui nem sentir raiva de MIM. Só consegui pensar no que eu poderia te dizer no momento em que as mentiras caissem sobre seus pés.
Mas acho que, lá no fundo, eu nunca esperei grandes coisas, eu acreditava no que você dizia e no mesmo segundo eu sabia que não confiava. Eu pressenti o erro, que dessa vez não era o meu. Cheguei a mentir pra mim mesma...
Eu ainda consigo ouvir os ecos das nossas risadas sobre a mesa, os passos no corredor, a sua voz mentindo pra mim por telefone; sentir o cheiro impregnado nas minhas roupas e no meu nariz, o seu rosto quente sob minhas mãos frias... Coisas que vão se perder, você vai me perder. "Como eu posso confiar em você de novo? Você me perdeu!"
Eu fechei a porta nas suas costas e se eu fosse até a janela poderia ver você correndo lá fora, não mais para o meu encontro, mas me escondendo quem verdadeiramente você é.


I am done, smoking gun
We've lost it all, the love is gone
She has won. Now it's no fun
We've lost it all, the love is gone

And we had magic
And this is tragic
You couldn't keep your hands to yourself

I feel like our world's been infected
And somehow you left me neglected
We found our life's been changed
Babe, you lost me

And we tried, oh how we cried
We lost ourselves, the love has died
And oh, we tried, you can't deny
We're left as shells, we lost the fight

Now I know you're sorry and we were sweet
But you chose lust when you deceived me
You'll regret it but it's too late
How can I ever trust you again?

E essa é a letra de uma música da Christina Aguilera, "You Lost Me", meu vicio de momento. A canção que cantei pra espantar meus males - que talvez eu nem tenha mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mundo de Mentira

Parece que o mundo todo mente pra mim. Aquela mão desconhecida, que há tanto tempo eu não sentia, voltou a esmagar meu coração, é certo que não causa aquela dor de antes que me fazia chorar, mas essa dor de agora parece ser pior - talvez porque seja dor presente e não passada. É pior quando a gente não sabe o porquê das coisas.
É compreensível chorar por um motivo claro, mas e quando não se sabe o motivo? E quando não há motivo? Eu só quero entender melhor as coisas. Eu só quero que você seja o que disse que é. Ou será que você mentiu que é?
Será que é mais um erro que eu cometo, procurando de novo aquele ideal idiota?
eu já deveria ter concordado com PLATÃO há muito: o mundo ideal não é esse onde eu vivo, o ideal nunca vai estar do meu lado (com excessão de Deus, que é ideal e perfeito, e está sempre do meu lado), o mundo ideal não mente, não usa mascaras (más caras).
Eu esperava estar melhor nesse novo dia, mas é que ele não parece novo, parece o mesmo.
Talvez o novo dia só nasça quando eu acordar... Talvez se eu tiver mais sorte - ou menos sorte (?) - eu acorde em um novo mundo que não minta pra mim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Página Quase em Branco

Fotografia: Sillas H.
To com vontade de escrever, mas não sei bem o que.
Não ando com as pensamentos muito coerentes, as dúvidas ainda são muitas apesar de tudo parecer vazio. Me sinto como uma página em branco, mas não por eu nunca ter sido escrita, mas sim por ter sido apagada, e já não me lembrar do meu conteúdo anterior.
Eu tento encontrar marcas fortes que me façam lembrar do passado, mas as fotos que vi hoje só mostram sobre minha pré-existência; a nostalgia que vi não era a minha; o rosto que eu amo, na verdade, eu nunca vi, eu nunca toquei, senti ou beijei; era apenas tinta sobre um papel velho, desbotado e amarelo.
Senti medo. E quando for a minha vez de ser apenas papel? E quando a nostalgia for a minha? Quando toda a vida que passou for a minha? E quando o rosto, agora corado, não tiver mais cor?
E se eu morder a maçã errada? Eu não vou poder voltar, NINGUÉM pode voltar...
E se eu errar? eu SEI que vou errar...
E se eu morrer? TODOS vão morrer...
Não importa, não adianta pensar sobre certas coisas. Eu só queria pensar sobre coisas que 'adiantam'.
Quando meu rosto estiver enrugado talvez eu não reconheça a menina que escreve agora, talvez essas palavras sejam dela e não minhas -- como são agora. Sinto já ter agido assim com a menina que adormeceu na minha cama ontem. Mas hoje acordei e era eu quem ocupava o lugar dela. Hoje vou dormir e não sei quem vai acordar no meu lugar amanhã. Qual será a imagem que verei no espelho?
Mais uma vez me deparei com a terrível pergunta: "Quem é você?", e isso me fez lembrar do livro que estou quase terminando de ler O Mundo de Sofia, no qual Sofia se depara, logo de cara, com a mesma pergunta e a repete para a sua imagem no espelho... nem ela, nem a imagem no espelho chegam a resposta desejada. Nem eu cheguei a resposta que eu desejava.
Sou página em branco, sem respostas. Mas assim como acabei de tirar palavras de não sei de onde pra colocar nesse post, eu espero achar coisas sei lá onde pra me sentir mais vazia de dúvidas e menos vazia de mim.

Que coisa mais deprimente! Essa não parece eu. s:
Talvez amanhã eu tenha algo mais 'eu' a dizer...