sábado, 4 de setembro de 2010

Rascunho

Minhas tentativas de escrever tem sido frustradas, externar sentimentos é difícil quando não se tem certeza do que se sente. É sempre a mesma droga de indefinição.
Queria ir para uma praia deserta, me esticar na areia, sentar embaixo de uma árvore centenária e solitária pra ler um livro ouvindo as ondas, sentir o cabelo grudando por conta da maresia, - nunca gostei disso mas agora seria como pisar no paraíso - o cheiro de sal ardendo nas narinas e nos olhos. Se pelo menos você estivesse aqui... ajudaria bastante!
Então meus olhos enchergam tudo em vermelho, dizem que é o cor da raiva. Eu chamo de ódio... de qualquer maneira deve ser raiva mesmo, sou a hipérbole personificada. Ou talvez seja só a loucura que bate à porta da mente e coração.
Que porcaria! Faltam alternativas. Não queria nem saber das horas, eu nunca mais fui naquele lugar. Me sinto pior que todo mundo, eu ia sair mas meus pais me largaram aqui porque eu ainda não estava pronta, eu nunca estou pronta. Não estou pronta pra sair, não estou pronta pra ser independente, pra fazer uma tatuagem, pra preparar minha própria comida, pra sair de casa, pra não precisar de ajuda... Não quero saber das horas!

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