sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Flores

Fotografia: Sillas H.
Dizem que não se sobrevive de sonhos. Nem de flores.
Pois eu tenho sobrevivido todos esses anos. Tenho me doado aos meus sonho, tenho doado as flores.
E se não me restar coisa alguma? Seremos eu e as flores. Doadas a estranhos. Aos passantes nas ruas, aos motoristas e seus veículos esperando o verde em meio ao trânsito, aos embriagados dos bancos na praça, aos sorrisos e olhares sem nome.
Ainda assim eu viveria de flores. Não pediria nada em troca. Não recusaria a benção sem assinatura nem dedicatória.
Ver as rugas do rosto da velha senhora, que há muito não ganha margaridas, se esticarem de alegria cansada. Entregar a rosa a mulher sempre triste que nunca foi picada por espinhos - até então...
Me bastaria uma mão estendida para recolher junto ao peito o amor-perfeito.

5 comentários:

  1. AAAAAAH *__________* MORRI! QUE LINDOOOOO .

    ResponderExcluir
  2. Que encanto, tão doce.


    Mesmo que eu não comente muito, sempre estou te lendo e me encantando com o que escreve.

    ResponderExcluir
  3. aah, obg *-*
    tb adoro o que voce escreve, tão lindos!

    ResponderExcluir
  4. e no final a escolha pelos sonhos e pela flores vale a pena, por conta desses minúsculos gestos e afetos.

    texto lindo guria, curti o blog.

    ResponderExcluir