segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bobagens Vomitadas


Tem horas que o mundo parece um instrumento imbecil de tortura, parece que ele nunca se cansa de tentar ser cada dia pior. Hoje eu desejei até morrer, explodir, gritar até sangrar, não comer pra não ter mais forças. Não sei se devo sentir por essas atitudes não serem do meu feitio. Há alguns segundos atrás minhas palavras seriam, não mais felizes, só menos vomitadas. A ânsia que vem da alma pra afetar meu estômago me fez revirar os olhos e botar a língua pra fora.

Deus tinha me cedido um pouco de paz, eu estava pensando do porquê da sua demora, por que me deixa esperando e não vem dividir comigo a comida e os sorrisos? Do porquê de eu ainda ser obrigada a matar a sede da minha própria solidão. Cheguei a me ver naquela fita de cetim azul, do quanto sou parecida com ela, marcador de página dos meus livros, apenas passando os dias enfiada no meio de páginas que não sabem nada sobre mim, que só sabem meus olhos e alguns poucos murmúrios.
Eu sinto sua falta quando encosto a cabeça no travesseiro e não tenho em quem pensar, quando minhas mãos andam soltas pelo ar sem ter outra pra segurar, quando olho sozinha a Lua e ninguém pra... Sei lá!
Meus olhos vagam por todos os cantos do quarto procurando palavras que me ajudem a descrever isso que eu sinto. Assim, talvez 'isso' me deixe em paz. Mas não quero que a raiva passe, porque esse bolo na garganta me dá forças pra mostrar para o mundo que eu sou melhor. Me olhar de fora me torna menos do que eu sou, olhar o mundo de fora o torna melhor do que ele é. Mas eu estou dentro, bem no meio, eu sou o alvo. O alvo de mim mesma, cansei de mim, do nada que faço todos os dias, de toda a inutilidade, de toda a mágoa que causei sem querer, de toda a mágoa que me causam de propósito.
Não acho o propósito, o motivo de todas essas coisas, realmente não disseram que ia ser fácil, mas a tendência é abaixar a cabeça e chorar. E eu me pergunto mais uma vez 'o que eu vou fazer?', acho que continuar chorando até conseguir dormir, pra acordar bem depois do Sol e ver que a tortura ainda não acabou...

Ah, e desculpem por toda a contradição e incoerência do meu texto, ele reflete meu estado s:

3 comentários:

  1. não fale assim pô...

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  2. Ola, realmente adorei o seu blog! O modo como escreve, e especificomente nesta postagem, como faz a dor e a tristeza parecerem belos e poéticos. Parabens! Já sou uma seguidora e com certeza voltarei sempre!

    http://orasbolotas.blogspot.com/

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