Ela adora brincar de ser criança, foi colher amora...
- Vou contar pro seu pai que cê namora!
Tem dedos sujos de roxo. Ah, não!
- Pra mim, anão é um homenzinho pequenininho!
Mas as estrelas estão ao alcance do salto?
Toda borboleta é fada e toda nuvem algodão?
Se pés correm sujos no asfalto,
Então a noite tem bicho-papão?
Ela faz de pirraça, colocar o dedo na tomada
- Menina! Quer levar palmada?
Chora. Mas casar, sara todo o machucado...
- E por que não o resfriado?
Por que não descalço na chuva?
Por que todo inverno tem luva?
Tenho mesmo que comer legume?..
Mas onde fica a pilha do vaga-lume?
E só para lembrar:
Quando essa frente fria passar
e chegar a primavera
ela ainda será o vento te convidando na janela...
Coisas que não crescem, ficam na memória satisfazendo a saudade, não? Tão doce. Um beijo!
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