Hoje quando pisei nessa cidade, quando deslizei suave pelo asfalto, o urbano tinha ares e luzes de boas-vindas, de paz, de casa. Quando o dia já não era claro nem a noite escura, vi aquelas cores... Vinham pela brisa, coloriam os pulmões, lilás de flores - quase como roupa lavada, lavanda -, pintava os narizes de azul, de anoitecer.
Gosto de uma certa teoria sobre as cores, "que você conseguiria descobrir de que cor era tal coisa apenas de tocar nela. Por exemplo, se estivesse sentado em um gramado, mesmo de olhos fechados, saberia dizer de que tom de verde era a grama, dependendo de quanto estivesse macia ou áspera."
Particularmente, prefiro as coisas sentidas.
Particularmente, prefiro a cor do vento.
(Citação de "O Estranho Mundo de Zofia e Outras Histórias" de Kelly Link)