quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Números - O Tempo E O Espaço

Eu quero escrever mas nada de bom me sai. É péssimo quando as coisas começam a ser assim. São amontoados de textos e todos eles, de alguma forma, falam de você. Eu conto quantas palavras do meu dia sentem a sua falta, as que eu digo nem tanto, mas as que eu penso só pedem por você. Os números só servem para contar as palavras.
Me pego lembrando, imaginando, devaneando e me pergunto: Desde quando? Olho para o chão e vejo o mar, deixo a paisagem tediosa daqui e vou pra outro lugar onde eu consigo te encontrar...
Dois dias, um mês, três meses, quatro meses, cinco meses. Meio ano. O tempo todo sente  sua falta. Os números o contaram em horas, dias, semanas, meses e lá se vai o ano. Também contam em quilômetros, e eu tinha a esperança de que eles diminuíssem com o passar dos dias. 
Mas os números não me contam o som a sua voz, o seu toque, o seu cheiro...
Isso nem as palavras fazem, elas são apenas menos deficientes.

Estava fuçando nos rascunhos do blog e achei dois textos, juntei eles e acrescentei uma dúzia de palavras pra fazer um pouco mais de sentido, - se é que algo tem sentido quando se trata de você - e o resultado foi isso aí encima.
Hoje vi um filme, ele me fez pensar em você - não que eu precise de algo pra fazê-lo. The Time Traveler's Wife (se já queria o livro agora quero mais ainda), Henry viaja involuntariamente no tempo, encontra e desencontra sua esposa em várias épocas de sua vida. Algumas vezes ela fica chateada com ele, briga, discute. Mas apesar da distância e do tempo eles são o amor um da vida do outro, não que tudo acabe bem, mas... a certeza de ter sua alma gêmea faz as coisas serem melhores. Já me peguei pensando sobre se você é o amor da minha vida. Não sei bem, mas pareço estar disposta a pagar pra ver...

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