quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Bê mol

Troca as pernas e cai sobre o piano.
Costuma oscilar graça de bailarina com menina desengonçada
Imagino o que pensa ao voar a dançar com o pano,
Acontece sem muito esforço, quase sempre cai na gargalhada.

Ri feito criança e na cama, cai em si menor.
Quem é essa moça que até quando cai sai notal musical?
Sei que com seus tombos, faz sinfonia muito melhor,
Regida por ela, celos e violinos numa noite de natal.

Meu sustenido e o bemol dela
Juntam-se para fazer uma canção calada,
Uma ode curta e singela.
Pensamos numa letra de mão dada.

Abre a pauta e desenha uma flore em fa sustenido
Eu nunca soube desenhar, marco-a em mim bemol
Fa, do, latejo por mim esquecido.
Pego a mão da moça e ensino o do-mi-sol.

Num abraço aumento a quinta
Para que saia a nona
Venho diminuto, quietinho, para que sinta
Que dos meus versos, não deixou de ser dona.

Moça luz de sol maior
Do bemol e sustenido
Que tomba em si menor
Do mais belo sonho já vivido.




Já é rotina isso aqui *-*

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